Neste período da história da Terra os seres mais simples, como os seres invertebrados de corpo mole, evoluíram nos oceanos dando origem a diversos e variadíssimos organismo pluricelulares mais complexos, entre os quais as plantas.

  A “explosão cambriana” possui este nome devido à quantidade de seres que apareceram e evoluções que ocorreram, num espaço de tempo geologicamente curto, visto que qualquer desenvolvimento de tal tamanho necessita de milhões de anos para ocorrer. É um evento muito importante pois, foi o período de tempo em que a grande parte dos grupos principais de animais apareceram no registo fóssil. Foi aqui que a vida evolui de organismos simples e unicelulares para todos os filos de vida que conhecemos atualmente. Foi também um período que levou ao desenvolvimento de novas interações ecológicas como a predação e enquanto os seres marinhos aumentavam em número, estes iam habitando novos ambientes marinhos. Alguns seres viviam no fundo mar enquanto outros nadavam ativamente na coluna de água.

  Deu-se também o aparecimento de seres com exoesqueletos (trilobites), e seres portadores de coluna vertebral (pikaias), que se pensa serem os ancestrais de todos os seres com coluna vertebral, como os humanos. Este foi das evoluções mais importantes pois o aparecimento de partes rígidas corporais permitiram o registo fóssil que nos chega até aos dias de hoje, permitindo assim a investigação da vida e dos ambientes mais remotos da Terra. Todo este rápido desenvolvimento resulta de uma fase de instabilidade após uma extinção onde ocorreram alterações de temperatura, salinidade e teor de oxigénio.

  Relativamente ao clima este manteve-se ameno e equilibrado, fator importante para a expansão da vida na Terra.