Devoniano
Houve uma rápida formação de florestas de plantas vasculares no Devónico. E com essa formação de florestas alguns animais aventuraram-se terra a dentro.
O devoniano é, como o siluriano, considerada a “Era dos peixes” devido há grande diversidade desse grupo. Houve uma grande evolução para os peixes neste período, os peixes desenvolveram membranas lobadas, que deu origem aos tetrápodes, que são o grupo de vertebrados terrestres. Houve um género de peixes que conseguiu desenvolver um sistema respiratório que incorporava pulmões, o que permitia que respirassem o oxigénio da atmosfera.
Extinção em massa do Devoniano
A extinção do Devoniano, é considerada a terceira mais intensa das extinções massivas a ser registada na história da vida na Terra e atingiu o que é considerada como a "idade dos peixes", coincidente com a expansão da vegetação terrestre. As suas causas ainda não são conhecidas, atribuídas conjeturalmente a sucessivos impactos de meteoritos de grande escala, glaciação e diminuição da temperatura global ou redução do dióxido de carbono.
Esta extinção em massa deu-se aproximadamente entre 377 e 362 milhões de anos atrás.
Estima-se que foram eliminadas 70 a 83% das espécies marinhas. É registrada ainda significativa diminuição da vegetação terrestre.
Paleogeografia
O planeta passou por uma imensa reconstrução geológica, que resultou em um intenso momento vulcânico: o continente Laurentia (onde fica a América do Norte) colide com a Báltica (parte da Europa), formando a Euramérica. Com isso, o globo fica reduzido a três grandes continentes: Euramérica, Sibéria e Gondwana (o maior, que abrangia as regiões da Antártica, parte da África, América do Sul e Oceania).
A Ásia era subdividida em 11 microcontinentes, onde havia grandes quantidades de carbonatos, evaporitos, arenitos vermelhos e recifes, o que indica que havia uma temperatura climática quente.
Já em Gondwana o frio dominava, por conta de sua terra húmida que abrigava argilitos e arenitos claros. Entretanto, mais ao sul (onde fica a região da Austrália), há indícios de que havia um clima tropical graças ao descobrimento de materiais secos que datam da época.

Registos geológicos desta época
Encontram-se fósseis de Amonóides no Baixo Mondego.Há registo de fósseis de trilobites em Penha Garcia, Idanha-a-Nova.
No sul de Portugal encontram-se rochas do Devoniano Superior. Existem outros vestígios do Devoniano em Aveiro, Castelo Branco e Barrancos.

Fóssil de um Amonóide
Organismos
-Pteraspis
Um peixe extinto que tinha 20 a 25 centímetros de comprimento e era um pouco achatado. Tinha uma armadura que cobria a frente do corpo e o protegia de predadores. Ao mesmo tempo, a armadura serviu como reserva de fosfato em momentos de necessidade. A fuselagem traseira e a barbatana caudal estavam cobertas por fortes balanças sobrepostas semelhantes a ladrilhos. A barbatana caudal era extremamente assimétrica com um lobo ventral muito grande e forte, mas deveria ter sido muito eficaz com rápidas mudanças de direção. Além da barbatana caudal, Pteraspis não tinha outras barbatanas , mas, apesar de sua armadura, ele era um bom nadador. Vivia no que é hoje a Grã Bretanha e a Bélgica.



-Dunkleosteus terrelli
Tinha a cabeça e o tórax coberto com placas duras parecidas com uma blindagem que chegavam a 5 cm de espessura, do restante do corpo (cauda) não existem fósseis, sendo que nas reconstituições essa parte é baseada na de outros animais . Media cerca de 6 metros de comprimento (embora alguns paleontólogos acreditem que o animal poderia chegar aos 9 metros) e mais de 04 toneladas de peso. Ele teoricamente podia fechar a mandíbula a uma grande velocidade a 250 kg de peso da mordida do animal.
Os primeiros fósseis foram encontrados em 1867 no estado americano de Ohio. Também foram achados fósseis na Europa e norte de África; essa ampla distribuição geográfica indica que esse animal estaria no topo da cadeia alimentar de seu período, se alimentando praticamente de qualquer animal contemporâneo.



-Coccosteus
Coccosteus ("osso da semente") é um gênero extinto de placoderma do artrodireo. Seus fósseis foram encontrados em toda a Europa e América do Norte. A maioria destes foram encontrados em sedimentos de água doce, porém, uma faixa tão grande sugere que eles podem ter sido capazes de entrar na água salgada. Os maiores espécimes tinham cerca de 40 centímetros, embora o comprimento médio fosse de 20 a 24 centímetros.
Como todos os outros artrodires, Coccosteus tinha uma articulação entre a armadura do corpo e o crânio. Os fósseis desta espécie podem ser encontrados no que é hoje a América do Norte e na Europa.


Goniatistes
Todas as goniatites possuíam uma concha externa, que é dividida internamente em câmaras cheias de gás, dando flutuabilidade durante a vida do animal. A morfologia geral e o hábito das goniatitas provavelmente eram semelhantes aos de seus parentes posteriores, as amonites, nadando livremente e possuindo uma cabeça com dois olhos e tentáculos bem desenvolvidos. As conchas têm um tamanho pequeno a médio, quase sempre com menos de 15 centímetros de diâmetro e geralmente menores que 5 centímetros de diâmetro. A sua forma sugere que muitos eram nadadores pobres.
Os goniatites são encontrados na América do Norte, Europa, Norte da África, Austrália e Ásia, onde são usados ​​como fósseis-índice na determinação da idade e na correlação estratigráfica. No entanto, eles parecem ocorrer principalmente em áreas que na época seriam tropicais a subtropicais. Quase todo calcário ou xisto contendo fósseis dos mares do interior dos últimos trópicos ou subtrópicos paleozóicos provavelmente produzirá algumas goniatites.


Cladoselache
Cladoselache é um extinto género de tubarões que viveu durante o período Devoniano Superior.
Cladoselache chegava até 1,8m de comprimento, os seus dentes eram adequados para agarrar mas não para mastigar ou rasgar, por isso deveria engolir sua presa por inteira. Cladoselache devia ser um animal bem rápido e isso deve te-lo ajudado a escapar de predadores
Cladoselache é um bom representante dos primeiros tubarões. Ao contrário de formas maiores, a sua boca aberta na parte da frente do crânio, em vez de debaixo dela, tendo ambas as suas barbatanas peitorais e pélvicas foram amplamente conectada ao corpo. Estas características sugerem que este tubarão, enquanto menos manobrável que tubarões maiores, era um predador de alta velocidade.
Encontravam se espalhados por todos os oceanos do mundo.




Acanthostega
O acanthostega era um anfíbio primitivo que viveu há aproximadamente 380 milhões de anos, durante o período Devoniano. Alimentava-se de pequenos crustáceos, moluscos, peixes e insetos. Vivia em pântanos e em lagos pobremente oxigenados. Seus membros eram bem desenvolvidos e acredita-se que este anfíbio foi um dos primeiros tetrápodes (4 membros), os quais um dia iriam dominar o meio terrestre.
O acanthostega possuía 8 dedos em cada pata, que, juntamente com o fato de não possuir uma caixa torácica adaptada a sustentar seu peso fora da água, tornavam-nos inaptos ao ambiente terrestre. Acredita-se que suas patas eram mais utilizadas para "andar" pela vegetação aquática, dos pântanos onde vivia, como as atuais salamandras, do que para rastejar entre poças de água que poderiam secar periodicamente.
Encontrava-se apenas em zonas pantanosas, naquela altura, um pouco espalhados por todo o lado.



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Ichthyostega
O Ichthyostega é um dos primeiros vertebrados terrestre conhecido, surgiu no Devoniano Superior na Gronelândia há uns 375 milhões de anos. Alimentava-se de pequenos crustáceos, moluscos, peixes e insetos, vivia em pântanos e em lagos pobremente oxigenados.
A pesquisa mais recente revelou que este vertebrado terrestre ancestral não rastejava como as salamandras. Em vez disso, ele usaria os seus membros dianteiros para se levantar e propulsionar pequenos saltos na lama. Os membros posteriores possuíam sete dedos em vez de cinco, utilizados apenas como ajuda na direção do movimento e no suporte do corpo debaixo de água. A sua cauda, semelhante à dos peixes, ajudava na propulsão quando nadava.



Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbon%C3%ADfero